INTRODUÇÃO
O Profibus é um protocolo digital utilizado em sistemas de controle, que permite a conexão com interoperabilidade de diversos equipamentos e fabricantes. Possui uma série de vantagens em relação à tecnologia 4-20 mA, onde resumidamente pode-se citar, dentre outras:
Neste breve artigo veremos detalhes sobre a SAP, Service Access Point.
O QUE É SAP ?
Com o protocolo Profibus-DP, os serviços são codificados usando SAPs (pontos de acesso de serviço). Um telegrama dirigido a um SAP automaticamente tem um certo significado. O SAP define, portanto, a função do telegrama.
Um comando de Read/Write no Profibus-DPV1 utiliza o telegrama Profibus do tipo SD2:
Figura 2 – Telegrama Profibus do tipo SD2
Onde:
Tabela 1 - Campos do Frame Profibus
Toda troca de dados (data exchange) entre mestre e escravo Profibus é feita utilizando as SAPs de 54 a 62, mais a SAP padrão (SAP = 0, Data Exchange).
A inclusão de um DSAP ou SSAP em um pedido ou resposta é feita setando o bit mais significativo no campo DA ou SA e com isto, nesta condição, somente os 7 bits menos significativos que conterão realmente o endereço(de 0x00 até 0x7F, onde 127 é reservado para brodcast e o endereço 126 é reservado para endereço default).
Para serviços acíclicos outras SAPs estão disponíeis de acordo com a figura 2, são conhecidos como serviços estendidos.
Alguns tipos de SAPs:
Tabela 2 - Tipos de SAPs
Figura 3 – Serviços Profibus
Figura 4 – Detalhes dos serviços Profibus
As seguintes funções são implementadas em escravos DP e mestres de classe 1 (ver descrições SAP acima). Existem apenas 8 funções de escravo obrigatórias, mais a função opcional Set_Slave_Add (normalmente, o endereço do escravo pode ser configurado através de dip switches). Todos os comandos indicados abaixo são opcionais para dispositivos master de classe 2.
Tabela 3 - Tipos de funções Profibus
CONCLUSÃO
Vimos através deste breve artigo o uso da SAPs na tecnologia Profibus e suas particularidades.
Em caso de discrepância ou dúvida, as normas, os padrões IEC 61158 e IEC 61784, perfis, guias técnicos e manuais de fabricantes prevalecem. Sempre que possível, consulte a EN50170 para as regulamentações físicas, assim como as práticas de segurança de cada área.
O conteúdo deste artigo foi elaborado cuidadosamente. Entretanto, erros não podem ser excluídos e assim nenhuma responsabilidade poderá ser atribuída ao autor. Sugestões de melhorias podem ser enviadas ao e-mail cesar.cassiolato@vivaceinstruments.com.br.
Sobre o autor
César Cassiolato é Presidente e Diretor de Qualidade da Vivace Process Instruments. É também Conselheiro Administrativo da Associação PROFIBUS Brasil América Latina desde 2011, onde foi Presidente de 2006 a 2010, Diretor Técnico do Centro de Competência e Treinamento em PROFIBUS, Diretor do FDT Group no Brasil e Engenheiro Certificado na Tecnologia PROFIBUS e Instalações PROFIBUS pela Universidade de Manchester.
Referências
Manuais Vivace Process Instruments